De acordo com uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em parceria com o Sebrae em fevereiro de 2022, o Brasil ocupa o 7° lugar no ranking de “Empreendedores Estabelecidos”. Dos mais de 43 milhões de novos empreendedores brasileiros, cerca de 20 milhões são mulheres, um número que tende a crescer mesmo com os reflexos da pandemia. Já de acordo com um levantamento do Insper, em parceria com a Talenses, as mulheres ocupam em média 19% dos cargos de liderança nas empresas brasileiras, mesmo configurando mais da metade da população.

Dados como esse são importantes para se ter dimensão da diferença de gênero no universo empresarial, mas se engana quem pensa que eles desencorajam mulheres determinadas a construir sua própria história. Com o passar do tempo, o surgimento de empresas 100% femininas vem se tornando algo cada vez mais comum, como no caso da Papelote, empresa de papelaria e presentes consolidada no mercado.

Em mais de 15 anos de atuação, sempre houve um compromisso com a contratação de funcionárias do sexo feminino em todos os setores, desde as vendedoras na frente de loja até às artesãs da fábrica. De acordo com Juliana Wolff, proprietária da Papelote, o ambiente feminino sempre foi mais agradável de trabalhar e nas poucas vezes que trabalhou com homens a diferença era gritante. Wolff também destacou as qualidades que ela considera naturais às mulheres, especialmente ao se tratar de um segmento que exige atenção e delicadeza em todos os processos.

Um estudo divulgado pelo Boston Consulting Group apontou o quanto reduzir a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho pode ser uma maneira positiva de impactar a economia, já que o PIB mundial poderia ser elevado entre U$2,5 e U$5 trilhões, apenas fazendo essa equiparação em altos cargos.

Foi um longo caminho percorrido para que se alcançasse espaço em um universo dominado por homens, muito foi conquistado mas ainda há uma longa caminhada pela frente. Abrir portas para mulheres atuarem no mercado de trabalho, não somente em cargos de liderança, é uma forma de combater aos poucos a desigualdade de gênero no país e a Papelote se orgulha de carregar essa bandeira como um ponto tão forte na sua história.